domingo, 24 de abril de 2011

Milano è ispirazione





Milão, Milan, Milano...

Foi difícil de voltar do curso que fiz em Milão. E para matar as saudades que estou, desde que acabaram as aulas do curso, vou contar por aqui um pouco da experiência que tive.

Primeiro me inscrevi no curso, mandei currículo, passei por seleção e passei. Ufa! Nem acreditei....e depois acordei que faria um curso em Milão. O curso foi sobre o Avanço da comunicação no negócio publicitário e as perspectivas no meio empresarial. Durante o curso foi abordado o
uso da criatividade na negociação com foco em gestão, redação e criação de peças publicitárias.
Após as diversas trocas de email e sair o resultado, perguntei ao coordenador do curso em que língua seria dado o curso e para minha surpresa, italiano. E agora? Praticamente, menos de um mês para aprender, entender e me apresentar em italiano. Até que aprendi a comunicação básica, Oi, tudo bem, prazer, sou...., tenho...., o que faço, onde trabalho e fui com tudo para Milão, para fazer o meu curso. Quando chego lá, descubro que sou a única da Ámerica e fiquei toda orgulhosa. Os demais alunos eram europeus e tinha um asiático. Começo a me apresentar em italiano, feliz da vida, porque me esforcei e tava colocando em prática. Basta eu dizer em italiano que sou brasileira que o professor pede para eu falar em português. Comecei a rir. Na hora, o professor me falou que ele tinha morado no Brasil por dois anos, há seis anos atrás e por isso iria testar o português dele, era uma oportunidade. Enfim, pelo menos deu para eu falar um pouquinho em italiano. Resultado, falava em português com o professor, interagia com os alunos em inglês e soltava umas palavrinhas e outras em italiano. Uma aventura que valeu pelos 4 anos de faculdade.
Tudo novo, diferente e inspirador.
Todos os lugares da Escola tinham traços de design e novidade. As cadeiras que sentávamos, eram feitas por alunos; nas janelas tinham exposição de peças feitas por alunos; na biblioteca tinham desenhos de alunos. Na entrada, tinham cartões postais feitos pelos alunos. O profissional que sai de lá, dificilmente, não vai ter uma carreira incentivadora e de sucesso, mas com certeza não saíra frustrado por não ter sido executada uma obra de arte sua.
O nome de tudo isso pra mim é valorização.
E para completar, na semana do meu curso estava tendo a Semana de Design em Tortona. Fiquei encantada com tudo o que vi, principalmente as ações de panfletagem que eram bem diferenciadas. Os promotores brincavam e interagiam com o público, as roupas eram lindas e definitivamente feitas para as ações. Carros expostos de maneira radical, enfim tudo perfeito, massa, inspira
dor.
Quero voltar logo e digo para quem não foi, que vá em Milão em abril também, quando a cidade respira comunicação.

Quero Recife, uma Europa. Será?

Europa...
Acabei de voltar de lá e estou impressionada com tudo.
Como publicitária, alguns poderiam falar que sou maluca com o que vou dizer...mas as cidades são lindas sem outdoor. São lindas, porque existe exploração do verde e são muito bem cuidadas.
Obviamente, que como em qualquer lugar, existem sim, cidades com problemas. Mas o que eu quero dizer, é que existem outras formas de explorarmos a comunicação do nosso cliente.
Por mais que existam propagandas lindas expostas nas ruas, acho que temos que pensar no todo e como casar a preservação da cidade com novas formas de propaganda.
Pensamos ainda, muito quadrado, sem tirar as arestas. E quando digo pensamos, estou generalizando mesmo, porque a nossa comunicação digital ainda está aprendendo a andar.
Acho que temos que trabalhar cada vez mais a ideia de caminharmos lado a lado às gráficas. São poucas as agências que fazem isso, mas temos que parar de pensar no papel e passarmos a trabalhar em formas geométricas, cada vez mais difícil. E isso não é questão de direção de arte ou de design. Isso é cabeça de publicitário. Publicitário que não tem medo de inovar, que é criativo e por mais que o mercado ache que aqui não tem gente pra isso, acho que temos que encontrar, sugerir, desafiar. Até porque, nós, mais do que nunca sabemos, que quem não acompanha o avanço da comunicação, fica pra trás. Em Recife, mesmo, só conheço uma gráfica que ama desafios e tem realizado cada trabalho brilhantemente e isso tudo porque faz com amor.
Gráficas rápidas, cada vez mais, nos dão dor de cabeça. O nome rápido virou problema e são poucas que cumprem seus prazos. E ai, não entendo é nada. Nosso cliente quer pra ontem e nos desdobramos para atender o prazo, o atendimento corre feito um condenado e manda um job simples pra gráfica rápida. A agência tem que ficar supervisionando o trabalho pra sair a tempo. Paraaaaaaaa tudo! Estamos lidando com profissionais ou meninos pequenos?
O que está acontecendo??
O mercado está saturado? Faltam fornecedores?
Não duvido que fora do Brasil não existam problemas. Mas o que eu queria de verdade é que cada agência se desdobrasse pra fazer o inusitado.
Sei que a culpa também não é toda nossa. Coloco me no lugar também porque trabalho em agência e muitas vezes nos conformamos com o básico, porque nem sempre somos escutados por nossos clientes.
É isso. Acho que temos, aqui, profissionais massa, cada um espalhado em agências diferentes, mas se o desafio começar de agora, Recife vira referência de publicidade CRIATIVA.
E não deixo pra trás minha ânsia por isso, porque amo o que faço.

Recife, o caos!

Cuidado!
Vai devagar!
Nem dirigindo a 20km por hora, a gente consegue fugir dos buracos de Recife.
O pior é que a situação não é isolada não, seja na Zona Norte ou na Zona Sul, eles estão por toda parte.
O pneu fica feliz mesmo quando chove, é uma verdadeira aventura deixá-lo intacto.
As chuvas estão com tudo, os buracos por sua vez, enchem, a cidade alaga, a catastrofe começa.
É impressionante a situação de nossa cidade. São meses já, de ruas sem iluminação, insegurança geral, buracos na rua e o crescente aumento do número de espertos que se aproveitam de tudo isso, para nos amedrontar.
Por mais que a gente lute por uma boa preservação da cidade, fica difícil de isso acontecer sem um progresso nato, o mínimo que seja.
Enfim, vamos em frente, a espera de uma cidade melhor.
Segura, limpa e bem asfaltada.